A harmonia do som: entenda as consonâncias e dissonâncias na música
Na música, harmonia refere-se à combinação simultânea de notas para criar acordes e progressões sonoras. É o que dá corpo e profundidade às composições, proporcionando uma experiência auditiva rica e envolvente.

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A harmonia é fundamental tanto para os músicos, que a utilizam para estruturar e dar cor às suas obras, quanto para os ouvintes.
Ela guia as emoções e intensifica as sensações, seja trazendo paz e tranquilidade, ou criando tensão e expectativa.
Conceito de consonância
A consonância musical refere-se à união de sons ou notas que criam uma sensação de conformidade e harmonia ao serem tocadas juntas.
É a concordância de sons que traz uma sensação de relaxamento e estabilidade, contrastando com a dissonância, que gera tensão e conflito.
Na prática, acordes consonantes são aqueles que soam agradáveis e estáveis ao ouvido.
Conceito de dissonância
A dissonância musical refere-se a um choque entre notas ou frequências, criando uma sensação de conflito e disformidade.
Diferente da consonância, que traz relaxamento, a dissonância é parte essencial para criar tensão e resolução na música, funcionando como uma ferramenta para enriquecer as composições.
Alguns dos acordes frequentemente vistos como dissonantes incluem o acorde com sétima (7), que adiciona uma sétima ao acorde maior ou menor, trazendo complexidade à harmonia.
Outro exemplo é o acorde 13, que incorpora a décima terceira nota, resultando em uma sonoridade intrigante e mais dissonante.
O acorde Sus4/7/9 combina a tensão da suspensão da quarta com a sétima e a nona, desafiando os ouvintes com sua instabilidade.
Esses acordes são usados estrategicamente em progressões musicais, enriquecendo composições e oferecendo um campo fértil para a expressão emocional.
Características | Consonância | Dissonância |
---|---|---|
Definição | Concordância de sons | Discordância de sons |
Exemplos | Acordes maiores e menores | Acordes de 5ª diminuta, 7ª, 9ª, 11ª e 13ª |
Efeitos Emocionais | Sensação de estabilidade e calma | Sensação de tensão e expectativa |
A consonância e a dissonância são como duas forças opostas que, juntas, criam uma expressão sonora rica e dinâmica.
Quando uma composição musical atinge seu pico de tensão através da dissonância, o desejo natural é uma resolução para a consonância.
É exatamente essa dança entre tensão e alívio que mantém o ouvinte envolvido e emocionado.

Consonâncias perfeitas na música
As consonâncias perfeitas são fundamentais na música. Elas incluem o uníssono, a 5ª justa, a 4ª justa e a 8ª justa.
Interessante notar que a 4ª justa nem sempre entra nessa categoria. Muitos músicos a veem como uma consonância mista, um meio-termo entre perfeita e imperfeita.
É importante lembrar que a percepção de consonância e dissonância muda através das culturas e períodos históricos.
Essa flexibilidade na definição traz um dinamismo fascinante à teoria musical. Um exemplo são os power chords, amplamente utilizados no rock e no metal.
Eles são compostos pela tônica / 5ª justa / 8ª justa.
As consonâncias perfeitas transmitem uma sonoridade estável, uma sensação de repouso.
Consonâncias imperfeitas na música
Os intervalos são a base da harmonia. Entre eles, os intervalos consonantes imperfeitos são fundamentais.
Eles incluem a 3ª maior, 3ª menor, 6ª maior e 6ª menor. Esses intervalos são encontrados em acordes com sexta, assim como em acordes maiores e menores.
A presença de consonâncias imperfeitas adiciona riqueza e cor às composições. Além dos consonantes, os intervalos dissonantes são igualmente importantes.
Eles se dividem em três categorias distintas:
- Neutro
- Suave
- Forte
- Os intervalos dissonantes neutros incluem a 4ª aumentada e a 5ª diminuta.
- Os dissonantes suaves englobam a 7ª menor e a 2ª maior.
- Já os dissonantes fortes são a 7ª maior e a 2ª menor.
Cada categoria de dissonância traz uma característica única para a música, seja criando tensão, expectativa ou resolução.
Você pode explorar essas nuances para evocar emoções distintas e enriquecer suas obras.
Mitos e verdades

Ao longo da história da música, muitos mitos surgiram em torno dos conceitos de consonância e dissonância.
Um equívoco comum é que a dissonância é sempre desagradável ou “errada”.
Na realidade, a dissonância pode ser uma ferramenta poderosa na composição musical, criando tensão e expectativa que enriquecem a experiência auditiva.
Outro mito é que apenas acordes consonantes são “certos” ou desejáveis.
Na verdade, muitos gêneros, como jazz e bossa nova, se destacam ao incorporar dissonâncias de forma harmoniosa e agradável.
Esses estilos mostram como a alternância entre consonância e dissonância gera movimento e emoção, desmistificando a ideia de que a dissonância não tem lugar na música.
É importante também não confundir dissonância com desafinação.
A dissonância refere-se à relação entre notas e pode ser intencionalmente utilizada para criar efeitos específicos.
Um piano bem afinado é essencial para compreender essas nuances e perceber a beleza na complexidade das harmonias dissonantes.
Perguntas frequentes
O que é consonância na música?
Consonância na música refere-se a uma sensação de estabilidade e harmonia entre notas. É frequentemente encontrada em acordes maiores, que transmitem uma sensação de repouso.
E o que é dissonância?
Dissonância é a percepção de tensão ou instabilidade entre notas. Exemplos clássicos de acordes dissonantes incluem aqueles que contêm trítonos, como acordes diminutos ou aumentados. Eles criam uma sensação de tensão que geralmente exige resolução.
Dissonância é sempre desagradável?
Não necessariamente. Dependendo do contexto musical, a dissonância pode ser usada para criar uma sensação agradável. Em estilos como o jazz ou a bossa nova, a mistura de acordes consonantes com elementos de tensão é comum e contribui para a riqueza musical.
Conclusão
Assimilar os conceitos de consonância e dissonância nos permite entender como a harmonia entre notas pode gerar sensações distintas, de repouso a tensão.
Vimos que essas definições são dinâmicas, variando entre estilos e contextos culturais.
O estudo desses conceitos é essencial para a compreensão da harmonia musical, que enriquece a experiência auditiva e permite uma apreciação mais profunda da música em sua diversidade.
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Sem a música a vida seria um erro, já dizia Friedrich Nietzsche. Não sou músico profissional. nas horas vagas gosto de brincar com meu violão/guitarra e evoluindo no meu próprio ritmo. E você, procurando um violão novo? Conheça as melhores marcas.
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