Marcas de Violão

Marca Gibson Brands: fundada em 1894 em Kalamazoo, Michigan

Fundada em 1894 por Orville Gibson em Kalamazoo, Michigan, a marca Gibson Brands rapidamente se destacou pela qualidade artesanal de seus instrumentos.

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A quem dica, inclusive, que Gibson é como o Rolls-Royce das guitarras.

As guitarras Gibson desempenharam um papel crucial na formação de gêneros musicais como rock, blues e jazz, tornando-se um ícone mundial. Com modelos icônicos como a Les Paul e a SG, a Gibson se consolidou como uma lenda no universo musical.

Os primeiros passos de Orville Gibson

No final do século XIX, em Kalamazoo, Michigan, Orville Gibson começou a transformar sua paixão em realidade.

Inicialmente, a construção de bandolins era apenas um hobby, mas a qualidade e o design únicos rapidamente chamaram a atenção.

Orville acreditava que “a perfeição surge quando se respeita o som”. Com essa filosofia, ele fundou, em 1894, o que se tornaria uma das mais antigas fabricantes de instrumentos musicais dos Estados Unidos.

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Seu estilo distinto de entalhar os bandolins, diferente de tudo disponível na época, foi um divisor de águas. Essa inovação levou à criação da Gibson Mandolin-Guitar Manufacturing Company em 1902.

A demanda por seus instrumentos crescia, impulsionada pelo movimento musical da época, que ansiava por novos sons e possibilidades. Assim, Orville plantou as sementes para o legado que a Gibson carregaria por décadas.

Inovação com a ES-150

Em 1936, a Gibson revolucionou o mercado com a introdução da ES-150, sua primeira guitarra elétrica espanhola de sucesso comercial.

Este modelo foi uma resposta à crescente demanda por guitarras elétricas, com seu desenvolvimento impulsionado por varejistas importantes como Montgomery Ward e Spiegel.

A inovação principal foi a adoção de captadores eletromagnéticos, uma tecnologia que substituiu os piezoelétricos usados anteriormente.

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Com um design que incluía um tampo de abeto sólido, fundo e laterais de bordo, e um controle de volume único, a ES-150 se destacou pela sua construção e sonoridade.

Este modelo marcou um passo significativo para a Gibson, estabelecendo a empresa como líder na fabricação de guitarras elétricas de qualidade profissional.

A era Ted McCarty

Entre 1948 e 1966, Ted McCarty transformou a Gibson em uma potência da indústria musical. Sob sua liderança, a empresa voltou à lucratividade e expandiu sua linha de produtos de forma significativa.

“A inovação é a alma da música.”

Dizia McCarty, refletindo sua visão de futuro.

Em 1948, ele começou a reestruturar a administração e revitalizou o moral dos funcionários, o que rapidamente retornou a empresa ao lucro.

Em 1953, McCarty introduziu o Tune-O-Matic bridge, que melhorou a sustentação e afinação das guitarras. No mesmo ano, a Gibson começou a diversificar seus componentes elétricos, adotando pots Centralab e capacitores Sprague, refletindo um compromisso com a qualidade e inovação.

Em 1957, a aquisição da Epiphone permitiu à Gibson entrar no crescente mercado de baixos elétricos.

Durante sua gestão, a produção aumentou de 5.000 para 100.000 unidades por ano, com um crescimento de 1.250% nas vendas.

Os designs ousados como o Flying V e Explorer foram introduzidos para atrair um público mais jovem, solidificando a posição da Gibson no mercado musical.

Modelos icônicos: Explorer e Flying V

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Em 1958, a Gibson lançou os modelos Flying V e Explorer, desafiando as normas tradicionais com designs radicalmente inovadores. Inicialmente, essas guitarras não foram bem recebidas, mas aos poucos conquistaram seu espaço.

A Flying V foi usada por diversos músicos, como Dave Davies, lendário guitarrista do The Kinks, que usava sua Flying V nos anos 60.

A Flying V é notável por seu corpo em forma de V feito de korina, com acabamento natural, enquanto a Explorer possui um corpo angular com base em forma de cunha e um corte inferior alongado.

Ambas as guitarras compartilham um braço de korina, escala de rosewood sem binding, e dois captadores humbuckers.

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Esses modelos além de um espetáculo visual, oferecem uma sonoridade única. Com o tempo, tornaram-se clássicos, inspirando gerações de guitarristas e solidificando seu lugar na história do rock.

Transformação do modelo Les Paul

Em 1961, a Gibson Les Paul passou por uma transformação significativa, adotando o design de duplo cutaway. Essa mudança visual marcante contrastava com o corpo sólido original, que possuía um cutaway único.

Este novo design visava facilitar o acesso às notas mais agudas, atendendo às demandas dos guitarristas da época.

A motivação por trás dessa alteração era clara: tornar a guitarra mais versátil e atraente para uma nova geração de músicos.

O design de duplo cutaway da Les Paul em 1961 foi um divisor de águas, ampliando seu apelo entre os guitarristas de rock.

No entanto, a recepção do mercado foi mista. Enquanto alguns músicos apreciavam a inovação, outros sentiam falta do charme clássico do modelo original.

Com o tempo, o design duplo cutaway foi aceito e se tornou um ícone, consolidando a Les Paul como uma das guitarras mais versáteis e amadas da história.

Mudança para Nashville

A decisão de mudar a produção da Gibson para Nashville foi motivada por diversos fatores estratégicos.

A integração das operações de Memphis com as instalações já existentes da Gibson USA e Gibson Custom em Nashville foi vista como uma ação crucial para otimizar processos e fortalecer a estrutura da empresa.

Essa transição também incluiu o suporte aos funcionários da fábrica de Memphis, oferecendo a oportunidade de se transferirem para Nashville.

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Isso demonstra o compromisso da Gibson com sua força de trabalho durante esse período de mudança. A venda do prédio da fábrica de Memphis para uma empresa de investimentos indicou ainda um novo rumo para o espaço, refletindo uma mudança no panorama local.

Por outro lado, o fechamento da icônica fábrica de Kalamazoo em 1984 não significou o fim do legado da Gibson.

Muitos dos funcionários se uniram para fundar a Heritage Guitars, garantindo que a tradição de qualidade e inovação continuasse viva. Assim, o espírito da Gibson perdura, tanto em Nashville quanto através da Heritage.

Desafios econômicos e expansão

Em 2009, a Gibson enfrentou um período desafiador com o declínio das vendas de guitarras nos Estados Unidos, o que levou a uma redução significativa em sua força de trabalho. Esse momento delicado exigiu da empresa uma reavaliação de suas estratégias de mercado e inovação.

Para contornar esses desafios e se reposicionar no mercado, a Gibson optou por expandir suas operações por meio de aquisições estratégicas. Algumas das aquisições mais notáveis incluíram:

  • Onkyo: empresa japonesa especializada em áudio de alta qualidade.
  • Cakewalk: desenvolvedora de software de gravação, adquirida da Roland Corporation.

Essas aquisições foram vistas como um movimento inteligente para diversificar o portfólio da Gibson e adentrar novos mercados tecnológicos.

Um executivo da Gibson declarou: “Navegar por tempos difíceis requer resiliência e visão. Nossas aquisições refletem nosso compromisso em inovar e manter a marca Gibson relevante no cenário musical global.”

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Com essas abordagens estratégicas, a Gibson conseguiu sobreviver a tempos difíceis, se reinventar e garantir sua continuidade e influência no mundo da música.

Recuperação judicial de 2018

Em 2018, a Gibson entrou com um pedido de recuperação judicial devido a dívidas entre 100 e 500 milhões de dólares. O plano para se reerguer incluiu a liquidação de seu negócio de eletrônicos de consumo, focando-se nos instrumentos musicais e áudio profissional.

Com essa estratégia, a Gibson espera emergir do Capítulo 11 com um financiamento de capital de giro e uma plataforma mais centrada em instrumentos musicais.

Especialistas acreditam que, apesar dos desafios, a marca continuará a influenciar o mundo da música. A redução significativa da dívida e um foco renovado nos instrumentos clássicos são vistos como passos promissores para um futuro mais estável e próspero da companhia.

Conclusão

A Gibson deixou uma marca profunda na música com suas guitarras inconfundíveis. Desde a lendária Les Paul até a icônica SG, suas criações moldaram o som de gerações.

Apesar dos desafios econômicos recentes, a essência da Gibson continua viva em palcos e estúdios pelo mundo.

Alguns dizem que não há nada como o som de uma Gibson nas mãos certas.

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