Formação de acordes: como montar tríades e tétrades

Entender a formação de acordes é essencial para qualquer músico, seja ele iniciante ou experiente. Um acorde é um conjunto de três ou mais notas diferentes, tocadas simultaneamente, que cria uma harmonia.

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Essa harmonia é a base para a maioria das músicas que ouvimos e tocamos, tornando-se fundamental no aprendizado musical.

Os acordes podem ser representados de duas maneiras principais:

  • Partitura: Uma notação musical tradicional onde cada nota é indicada na pauta.
  • Cifra: Um sistema mais simplificado, onde os acordes são representados por letras e símbolos.

Compreender como os acordes são grafados na partitura e na cifra é crucial para ler e tocar músicas de forma eficiente.

Ao longo deste guia, vamos explorar cada um desses aspectos de maneira detalhada, tornando a formação de acordes mais acessível e prática para você.

O que é um acorde?

Um acorde é definido como um conjunto de três ou mais notas diferentes tocadas simultaneamente.

Esse agrupamento de notas cria uma harmonia que é essencial para a construção de melodias e progressões harmônicas.

Os acordes podem ser formados a partir de diferentes combinações de notas. A formação básica de um acorde envolve:

  • Tônica: A nota fundamental do acorde.
  • Terça: A nota que define se o acorde é maior ou menor.
  • Quinta: A nota que completa a tríade básica do acorde.

Além das tríades, que são acordes formados por três notas, também existem os acordes tétrades, que incluem uma quarta nota, geralmente uma sétima.

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Essas combinações permitem uma variedade maior de acordes, como os acordes maiores, menores e suspensos.

Grafando os acordes

Para quem está aprendendo sobre a formação de acordes, entender como grafá-los é essencial. Existem duas formas principais de representar acordes: na partitura e na cifra.

Partitura

Na partitura, os acordes são representados por notas musicais escritas em um sistema também chamado de pentagrama.

Cada nota do acorde é posicionada em uma linha ou espaço específico, permitindo ao músico visualizar exatamente quais notas devem ser tocadas simultaneamente.

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Cifra

Na cifra, os acordes são representados por letras e símbolos. Esse método é amplamente utilizado por ser mais prático e rápido de ler, especialmente para quem está aprendendo a tocar violão agora.

Por exemplo, o acorde de Dó Maior é representado simplesmente pela letra “C”.

formação acordes tríades e tétrades c dó

Regra lógica

A regra lógica é fundamental para definir o nome de cada acorde corretamente.

Ela envolve a identificação das notas que compõem o acorde e a aplicação das regras musicais para determinar sua classificação (maior, menor, suspenso, etc.).

  • Identifique a tônica, a nota base do acorde.
  • Determine a terça e a quinta a partir da tônica.
  • Utilize a regra lógica para definir a qualidade do acorde (maior, menor, etc.).

Não é o foco deste artigo falar sobre as escalas, porém, para facilitar a compreensão, vamos conhecer seus respectivos intervalos. Afinal, é da escala que surgem as notas que formam os acordes.

Escala cromática: C C# D D# E F F# G G# A A# B

Entre cada uma das notas acime temos exatamente meio tom.

A estrutura da escala maior é: T T ST T T T ST

T= tom e ST= semitom

Ou seja, para você formar a escala maior em qualquer tonalidade, basta seguir a estrutura acima. Vamos usar como exemplo a nota C (dó). Ficaria assim:

Formação de acordes escala maior

A estrutura da escala menor é: T ST T T ST T T

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Podemos perceber algumas diferenças em relação a escala maior. Vamos ver o exemplo da escala de dó menor (Cm) aplicando a estrutura da escala menor.

Formação de acordes escala menor

Montando os acordes

Para montar e nomear qualquer acorde, siga esses passos simples:

  • Identifique a tônica: A tônica é a nota base do acorde. Por exemplo, em um acorde de Dó Maior (C), a tônica é o Dó.
  • Determine os intervalos: A partir da tônica, conte as notas para identificar a terça (terceira nota) e a quinta (quinta nota). Em um acorde maior, a terça é maior (4 semitons ou 2 tons) e a quinta é justa (7 semitons ou 3 tons e meio).

Vamos ver como aplicar essa regra na prática:

AcordeNotasIntervalos
C (Dó Maior)Dó, Mi, SolTônica (Dó), Terça Maior (Mi), Quinta Justa (Sol)
Am (Lá Menor)Lá, Dó(menor), MiTônica (Lá), Terça Menor (Dó), Quinta Justa (Mi)
G7 (Sol com sétima)Sol, Si, Ré, FáTônica (Sol), Terça Maior (Si), Quinta Justa (Ré), Sétima Menor (Fá)

Lembre-se de que a prática contínua é essencial para dominar qualquer técnica musical.

Acordes naturais

Os acordes naturais são aqueles que recebem o mesmo nome das notas musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Cada um desses acordes é formado por três notas distintas, conhecidas como tríades.

Para entender como esses acordes são formados, vamos analisar a estrutura de algumas tríades naturais:

AcordeNotasIntervalos
C (Dó Maior)Dó, Mi, SolTônica (Dó), Terça Maior (Mi), Quinta Justa (Sol)
D (Ré Maior)Ré, Fá#, LáTônica (Ré), Terça Maior (Fá#), Quinta Justa (Lá)
G (Sol Maior)Sol, Si, RéTônica (Sol), Terça Maior (Si), Quinta Justa (Ré)

A regrinha para descobrir as três notas

Para formar acordes naturais, é essencial entender a distância entre as notas na escala. Vamos detalhar a regra básica para formar esses acordes, conhecida como tríade, que consiste em três notas: tônica, terça e quinta.

  • Identifique a tônica: A tônica é a nota base do acorde. Por exemplo, no acorde de Dó Maior (C), a tônica é o Dó.
  • Determine a terça: Para encontrar a terça, conte quatro semitons acima da tônica para uma terça maior e três semitons para uma terça menor. No caso do Dó Maior, a terça maior é o Mi.
  • Encontre a quinta: Para identificar a quinta, conte sete semitons acima da tônica para uma quinta justa. No acorde de Dó Maior, a quinta justa é o Sol.

Vamos aplicar essa regra para formar alguns acordes naturais:

AcordeNotasIntervalos
C (Dó Maior)Dó, Mi, SolTônica (Dó), Terça Maior (Mi), Quinta Justa (Sol)
A (Lá Menor)Lá, Dó, MiTônica (Lá), Terça Menor (Dó), Quinta Justa (Mi)
E (Mi Maior)Mi, Sol#, SiTônica (Mi), Terça Maior (Sol#), Quinta Justa (Si)

Explorando as tríades

Uma tríade é uma estrutura essencial na música, composta por três notas sobrepostas em intervalos de terça.

Compreender as tríades é fundamental para a formação de acordes, tanto de tríades quanto de tétrades. Vamos conhecer os 4 tipos de tríades?

Tríade maior

A tríade maior é construída partindo da tônica, que é a nota fundamental. A primeira nota sobreposta à tônica é a terça maior. Em seguida, usamos a terça da terça, que resulta na quinta justa da tônica.

Assim, a sequência de intervalos que formam uma tríade maior é a tônica, 3ª maior e 5ª justa.

Especificamente, temos um intervalo de 2 tons da tônica para a 3ª maior e um intervalo de 1 tom e ½ da terça maior para a quinta justa.

Portanto, a tríade maior segue um intervalo de:

  • Tônica
  • Terça maior
  • Quinta justa

Essa sequência é a base para a construção de acordes maiores.

Tríade menor

Para formar uma tríade menor, começamos com uma nota tônica. Vamos usar a nota Ré como exemplo.

A 1ª nota que iremos sobrepor é a nota Fá, que é a terça menor do Ré. Em seguida, vamos adicionar o Lá, que é a quinta justa de Ré

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Escala de Dm (ré menor): D, E, F, G, A, Bb, C.

Os intervalos entre essas notas são de um tom e meio da tônica para a terça menor e dois tons da terça menor para a quinta justa.

Portanto, a sequência intervalar da tríade menor é:

  • Tônica
  • Terça menor
  • Quinta justa

Com essa essa tríade, podemos formar acordes menores.

Tríade diminuta

A escala maior natural nos permite a formação de acordes com a 5ª diminuta.

Tendo como tônica a nota B (Si), a primeira 3ª sobreposta será a nota Ré. Logo, o intervalo seguinte de 3ª que precisamos é a nota Fá.

Seguimos com um intervalo de 1 tom e ½ da tônica para a 3ª terça menor. No entanto, o intervalo da 3ª menor para a 5ª quinta diminuta é também de 1 tom e ½.

Concluímos que, a sequência de intervalos da tríade diminuta é:

  • Tônica
  • Terça menor
  • Quinta diminuta

Tríade aumentada

Para facilitar a nossa compreensão da formação de acordes de tríades com a 5ª aumentada, vamos pegar a escala menor melódica como ponto de partida.

Formação de acordes escala melodica menor

Tomemos como exemplo a tônica C (Dó). Tendo o C (dó) como referência, percebemos que a próxima nota que usaremos é o E (Mi), que é a nossa 3ª em relação ao Dó.

Em seguida, adicionamos a nota G# (Sol#), que é a 5ª aumentada em relação ao Dó.

Finalizamos com um intervalo de 2 tons da tônica (Dó) para a terça (Mi), o qual se repete da 3ª (Mi) para a 5ª aumentada (Sol#).

Sequência de intervalos obtida para tríade aumentada é:

  • Tônica
  • Terça maior
  • Quinta aumentada.

Conhecendo as tétrades

Se você já se familiarizou com as tríades, sabe que elas são acordes formados pela sobreposição de dois intervalos de terça, gerando uma composição de três notas. As tétrades seguem um princípio semelhante, mas com um acréscimo importante: a sétima.

Basicamente, as tétrades adicionam a sobreposição da terça da quinta, ou seja, a sétima em relação à tônica. Dessa forma, os acordes com quatro notas são formados.

  • A sequência intervalar de uma tétrade é:
  • Tônica
  • Terça
  • Quinta
  • Sétima

Para cada um dos quatro tipos de tríades (maiores, menores, aumentadas e diminutas), podemos adicionar dois tipos de sétima para transformá-las em uma tétrade:

  • Sétima maior
  • Sétima menor

Vale lembrar que a sétima diminuta também pode ser utilizada, mas exclusivamente em tríades diminutas.

formação de acordes tétrades

Exemplos de tétrades

Tétrade maior com sétima maior: C7M (C – E – G – B).

  1. C (tônica)
  2. E (terça maior)
  3. G (quinta justa)
  4. B (sétima maior)

Tétrade menor com sétima menor: Cm7 (C – Eb – G – Bb)

  1. C (tônica)
  2. Eb (terça menor)
  3. G (quinta justa)
  4. Bb (sétima menor)

Tétrade diminuta com sétima diminuta: Cdim7 ou Cº (C – Eb – Gb – Bbb)

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  1. C (tônica)
  2. Eb (terça menor)
  3. Gbl (quinta diminuta)
  4. Bbb – Si dobrado bemol (sétima diminuta).

Conclusão

Compreender a formação de acordes é fundamental para qualquer músico. Ao dominar as regras básicas e a lógica por trás dos acordes, você não apenas melhora sua capacidade de leitura musical, mas também amplia suas possibilidades criativas no instrumento.

Minha dica é que você a pratique regularmente e explore novas combinações de acordes. Experimente diferentes sequências, ritmos e estilos. A prática constante é a chave para a maestria.

Dominar a formação de acordes melhora a leitura musical e amplia possibilidades criativas.

Bons estudos e som na caixa!

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1 Comentário

  1. MARCOS JOSÉ disse:

    Método simples e objeto! Excelente.

Por gentileza, se deseja alterar o arquivo do rodapé,
entre em contato com o suporte.

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